terça-feira, 26 de outubro de 2010

RESENHA: Resignificando as determinações históricas da seleção de pessoal


Autores:
Marcelo da Silva Barreto*
Renata Vieira**
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PAULON, Selmira Mainieri. Resignificando as determinações históricas da seleção de pessoal. Psicol. Cienc. Prof. v. 10 n.1 Brasília, 1990.


Graduada em Psicologia, Pós-graduada em Psicodiagnóstico pela PUCRS, Selmira Mainieri Paulon, também atua como psicóloga da Intersecção – Trabalho e Pesquisa em Psicologia Social em Porto Alegre-RS. Neste artigo, a autora problematizou o conceito de aptidão natural a partir de uma resignificação do conceito de natureza humana. Para isto ela fez uma retrospectiva histórica destes conceitos  partindo do surgimento da  Psicologia enquanto ciência até atualidade. Esta resignificação é colocada como fundamental na atividade de seleção de pessoal realizada pelo psicólogo organizacional e do trabalho.

Considera que a seleção de pessoal para determinada atividade se justifica na relação das aptidões humanas e as características inerentes a cada função, que requer a seleção adequada de determinado perfil para determinada função como forma de corresponder às exigências da atividade em si e favorecer a satisfação, neste aspecto, da pessoa que produz identificada com o que realiza. 

Uma outra consideração importante feita é de que o estudo e a compreensão das aptidões humanas são necessários para o melhor aproveitamento no trabalho. E que estes se dão no “campo psicológico”, sendo, portanto atribuição do psicólogo organizacional e do trabalho a seleção de pessoal.

Entretanto, levanta a questão: O que é a natureza humana e o que são as aptidões naturais no contexto do trabalho?

Fazendo uma retrospectiva histórica situará a construção do conceito de natureza humana com o surgimento da Psicologia, enquanto ciência, que data o final do século XIX e início do século XX, influenciada pela Escola de Pensamento dominante à época,  o Positivismo.
Coloca que o cognoscível que constituí a totalidade do universo é complexo. Por isso a necessidade de uma ordenação, que dê sentido e facilite a orientação para o conhecimento. Coloca ainda, que a construção deste conhecimento complexo se dá sobre estratégias múltiplas, com perspectivas que podem divergir e convergir em alguns aspectos do objeto cognoscível e suas relações com outros objetos. Assim se estruturam diversas linhas de pensamento na tentativa de produzir conhecimento a respeito a respeito da totalidade que constituí este universo.

Entre os diversos cognoscível está a relação do homem com o trabalho tornando-se objeto de estudo de várias ciências. A Psicologia se interessa por esta relação, pois foca o comportamento humano implícito nesta relação. 

Coloca que várias linhas de pensamento se ocuparam desta relação homem-trabalho. E uma das considerações feitas é de que o homem é capaz de produzir, e que a produção é a essência do trabalho. Segundo esta perspectiva, a atividade de selecionar pessoas para o trabalho a ser realizada pelo psicólogo só encontra sentido se for considerada esta essencialidade.

Assim, coloca ainda, que várias teorias foram desenvolvidas e deram suas contribuições relevantes, a seu tempo, à atividade psicológica de seleção de pessoal. Entre elas: A Teoria das Aptidões, através da Psicologia Diferencial; A Teoria da Divisão do Trabalho, através da Escola Marxista; A Psicotécnica e a Psicometria, através da Escola Positivista.

Considera também que tais linhas de pensamento que determinaram esta atividade poderiam também satisfazer melhor a compreensão da natureza humana, uma vez considerando esta prática psicológica como intercessora do homem com o seu modo de sobrevivência. Ressalta que isto não tem acontecido devido ao sentido que atividade tem tomado com bases em estudos práticos da Psicotécnica, que considera de modo limitado a relação “aptidões individuais para distintas profissões”. 

Assim, para compreender a Psicotécnica e a sua perspectiva da relação aptidão individual versus profissão, regressou-se ao final do século XIX aos laboratórios de Psicologia Experimental, onde a Psicologia cria laços estreitos com a Fisiologia. Ressaltando a predominância da Escola Positivista de Pensamento e Produção de Conhecimento considera-se que a Psicologia sofrera forte influência. A Psicometria é o reflexo da ênfase dada à medida, aos dados quantitativos, a objetividade, a previsibilidade, etc. 

Dando seqüência aos estudos realizados pela Psicologia Experimental, destacam-se os aqueles, realizados entre o final do século XIX e XX, sobre as diferenças individuais; as teorias fatoriais de inteligência, tipologias, etc. Além da contribuição de outras ciências sobre a hereditariedade, através de Galton, craniometria e antropometria, evolucionismo de Darwin.

A consideração das diferenças humanas reforçou a ideia de aptidões individuais. Aptidões estas cognoscíveis objetivamente ao modo positivista de conceber. Também consideradas biologicamente determinadas. As influências culturais que também constituem a personalidade não são consideradas pela Psicologia Positivista representada pela Psicotécnica. Uma Psicologia “subsidiária das ciências naturais e mais diretamente da Biologia”. Reflexo da influencia positivista – Escola de Pensamento que era dominante no meio científico à época. 

Ressaltando que os métodos Positivistas de produzir conhecimento científico eram pautados na concepção de um mundo físico, observável objetivamente. Daí os métodos quantitativos, a ênfase na medida, a necessidade de controle  e manipulação de variáveis, como forma de garantir a previsibilidade dos fenômenos. 

 Este pensamento dominante da Escola Positivista hierarquizou o conhecimento, que só era validado como científico se seguisse rigorosamente tais métodos. A Psicologia do final do século XIX e início do século XX se insere neste contexto seguindo tais paradigmas. Assim desvinculou-se da Filosofia e aproximou-se da Biologia e Fisiologia, ou seja, Ciências Naturais, que seguiam métodos positivistas, os mesmos utilizados na física clássica e na química.

Logo, o conceito de natureza humana para Psicologia Experimental, deste contexto, diz respeito aos aspectos biológicos e fisiológicos, que determinariam o comportamento humano.

À crítiva a esta ideia de natuerza humana é feita com base no pensamento marxista, que antagoniza este conceito quando defende que o homem é um sujeito  histórico, que produz, que realiza o seu destino. 

Assim, Marx tenta desconstruir a ideia dominante que atende os interesses da classe dominante e que legitima o poder de uns sobre os outros, ou seja, dos capitalistas sobre proletários. Uma vez que,  a crença no determinismo biológico distituí o homem do seu potencial de luta, não favorece a sua consciência e consequentemente o alienia.

Tal conceito de aptidão natural é considerado como retrógrada já que existe desde o século XV. Além de não considerar um determinismo biológico à aptidão, em outros termos, aptidão inata, não considera também um determinismo social ou ação combinada dos fatores. Por não considerar determinismos, ou seja, aspectos estáticos e definidores. Considerando-os desfavoráveis à compreensão das aptidões. 

Por outro lado, considera que a natureza humana é social, histórica e se desenvolve sobre o biológico, funções necessárias para agir sobre a natureza num processo de adaptação, transformação e construção do meio. Considera ainda o homem como “um projeto de vir-a-ser”, logo as aptidões são influenciadas por esta natureza humana, que se constituí histórica e socialmente e se transfoma continuamente no processo de existir.

Percebe como necessárias tais considerações para resignificar à seleção de pessoal tendo em vista a dinâmica que transforma continuamente a relação homem-trabalho. Partindo deste pressuposto, o psicólogo é um contribuinte da realização pessoal, do desenvolvimento, humano diante as condições de trabalho que o contexto capitalista oferece. Ressaltando que o psicólogo organizacional é um empregado, que desenvolve determinada atividade dentro de uma organização capitalista, mas que também é dever ético seu oferecer um serviço que proporcione bem estar a pessoas, a seres humanos. Além disso, na seleção de pessoal, o psicólogo deve considerar a oportunidade de conscientizar pessoas sobre seus projetos de vida, seus projetos profissionais, assim como as possibilidades concretas de realização deste a partir de seus trabalhos. 

Assim, a atividade de selecionar pessoas deve considerar as aptidões naturais, reflexo de uma natureza humana que se constituí histórica e socialmente transformando-se continuamente assim como seu contexto. Pessoas bem selecionadas significa pessoas identificadas com a atividade, e esta identificação passa por tudo que constituem estas pessoas. 

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 NOTA:
Marcelo da Silva Barreto é graduado em História e
graduando em Psicologia;

Renata Vieira é graduanda em Psicologia e
Estagiária da Secretária de Segurança Pública do Estado de Sergipe,
onde desenvolve trabalhos afins.



quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Psicologia: ciência e profissão – A avaliação da profissão, segundo os psicólogos da área organizacional

Acadêmica: Andréa Patrícia Rabelo Sousa


ANDRADE, Jairo Eduardo B. Psicologia: ciência e profissão – A avaliação da profissão, segundo os psicólogos da área organizacional. Versão impressa ISSN 1414-9893. Psicol. Cienc. Prof. V.10 n.1, Brasília, 1990.

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Borges-Andrade em pesquisa realizada com os dados dos Conselhos Federal e Regionais de Psicologia durante o período de 1985 a 1986 num universo de 2447 que respondeu ao questionário ressaltou como os psicólogos organizacionais avaliam o suas atividades profissionais.

Parte-se do pressuposto da insatisfação com o estado atual, tanto na remuneração quanto das atividades desenvolvidas com as condições sociais, econômicas e culturais da atuação deste profissional no exercício de sua profissão.


A análise que se empreende está colocada na perspectiva que passa pelo status profissional, as dificuldades profissionais, as diferenças entre a área organizacional e as demais áreas e os desejos de mudança profissional.
O status profissional mostra uma opinião favorável com relação ao item prestígio da profissão junto à comunidade, e uma pontuação menor com relação a adequabilidade da remuneração. Em comparação com outras áreas de atuação do psicólogo, verifica-se que a área organizacional é bem mais adequada do que as demais.


Os problemas organizacionais demandam da presença do psicólogo que saiba lançar mão dos conhecimentos acumulados da Psicologia em um contexto social e interdisciplinar. Então se verificou na pesquisa que as maiores dificuldades relativas à formação e experiência na área organizacional está ligada à falta de vivência administrativa e a falta de conhecimento da realidade sócio-econômica. Outras dificuldades sentidas tange na falta de informação de outros profissionais no papel do psicólogo como agente contribuidor dos processos. Esta última questão refere-se tanto aos profissionais organizacionais como de outras áreas ligadas à psicologia.


O exercício das atividades de trabalho pelo psicólogo organizacional têm sido restritos, precários e deficientes. Uma implicação colocada na pesquisa foi a falta de infra-estrutura para que o profissional possa desenvolver seu trabalho, isto vale para todas as áreas. Os limites no preparo para a atuação, em muitos cursos de Psicologia, não ultrapassam as linhas demarcadas pela seleção e orientação profissional, o que vale uma reflexão e postura deste profissional.

Outro ponto interessante e de menor avaliação refere-se à dificuldade pela discriminação sexual, como também a maior média refere-se das dificuldades provocadas pela política sócio-econômica do país.

Há um processo menor de estabilidade profissional entre os psicólogos organizacionais comparados ao de clínica e comunitário, como também é maior a discriminação sexual entre estes profissionais organizacionais.


Um dado importante é na satisfação em relação à profissão ou desejos de mudança, entre os psicólogos em geral e os da área organizacional. Verificou-se que o percentual dos psicólogos da área organizacional que desejam pela mudança de área dentro da Psicologia é bem maior do que nos outros campos de atuação. Estes colocam razões concernentes à insatisfação com as características sociais desta profissão, o que para os psicólogos em geral seriam as razões econômicas e de remuneração.


Em suma, a análise das atividades, responsabilidades e condições de trabalho do psicólogo organizacional possibilitará refletir sobre as especificações que são necessárias estabelecer no processo de formação. O profissional que se pretende não é aquele que vai ajustar-se mecanicamente às necessidades do mercado, mas um profissional capaz de restabelecer as condições que o mercado oferece, utilizando de modo competente os espaços que lhe são oferecidos.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

PRECONDIÇÕES SOCIOCULTURAIS PARA O APARECIMENTO DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA NO SÉCULO XIX

Acadêmico:
José Nelson Braga da Silva

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A história nos mostra que através dos tempos o homem vem passando por períodos de crises que serviram como alavanca impulsionadora para seu desenvolvimento. Em meio a tantas mudanças nos cenários políticos sociais e culturais, o homem se viu numa dinâmica de introspecção que o fazia buscar novas formas de pensamento e criar possíveis alternativas que iriam auxiliá-lo neste novo contexto social. Sem saber que com esta demanda do saber, encontraria alguns conflitos que o levariam a crises antes desconhecidas. Crises estas encontradas com seu destaque nas diversidades culturais existente em cada época que levou ao próprio ser habituado a viver em sociedade através de sistemas de grupos, quando estes tinham em seus membros, partícipes que estavam presentes a todos os passos do processo de produção.


No final do século XVIII com a chegada do capitalismo, este mesmo homem torna-se destituído do grupo que habitava, e agora ingressado neste novo sistema de produção, passa a ter contato com uma pequena parte do todo, e sendo valorado como força de trabalho em um mundo gigantesco de possibilidades que o rodeiam. E de verdade aquela vida cheia de encantos perdeu muitos espinhos que a fez moléstia, e o indivíduo que ansiava a busca pela individualidade que oferecia possibilidades de reconhecimento, constatou que a liberdade não poderia ser vivenciada de fato. Ao mesmo tempo em que se vê obrigado a exercitar sua capacidade de experienciar suas potencialidades internas na adequação do que lhe for proposto para sua existência. Ele é obrigado a recorrer a experiências de solidão antes tão temida e ao mesmo tempo ansiada, para assim poder ter consciência de sua individualidade e possibilidade de compartilhar experiências.


Aquele indivíduo outrora possuidor de pensamentos utópico onde poderia ser livre para pensar e agir sobre sua vontade, percebe que sua vontade está fundada numa crise paradoxal que lhe remete ao pensamento de que antes era muito bom coabitar um espaço onde todos se preocupavam uns com os outros de certa forma mais ou menos intencional. E esta nova experiência individual trás implícita nas suas nuances uma maneira mais individualista de comportamento social.


Existe na contemporaneidade uma força propulsora para as experiências propriamente individuais, levado em conta que cada vez mais nós podemos desenvolver coisas sozinhas, como lermos, trabalhar, se conectar com o mundo sem sequer necessite estar ocupando o mesmo espaço físico. Desta forma temos encontrado grandes avanços que possibilitam cada vez mais o indivíduo desenvolver sua subjetividade de forma mais privatizada. Um indivíduo pode fazer transações diversas através do computador, telefones e se relacionar com outros que compartilham as mesmas idéias e experiências subjetivas.


Encontramos forte comprometimento por parte do estado e das agências de controles sociais em fortalecer cada vez mais as experiências individuais visando conhecer a psicologia científica e as múltiplas formas de se observar a imaginação, sentimento, desejo, e o modo de funcionamento desta determinada individual ou coletiva. Para assim, cada vez mais as múltiplas conexões puderem ser efetivamente conhecidas e experienciadas por um maior número de pessoas dentro do espaço de tempo.



NOSSOS MOMENTOS JUNTOS 3 - AULA SOBRE O TESTE DE PERSONALIDADE "PMK" COM A PROFESSORA ROSELI RODELA

Esta aula foi realizada no sábado 16 de outubro de 2010.
Foi uma manhã bastante enriquecedora e também bem divertida.

Um clique para Nyara e a Professora Roseli Rodela!












NOSSOS MOMENTOS JUNTOS 4 - HORA DO LANCHE - INTERVALO DA AULA DO SÁBADO 16/10/2010 C0M A PROFESSORA ROSELI RODELA














domingo, 17 de outubro de 2010

NOSSOS MOMENTOS 6 - AULA DO SÁBADO DIA 16/10/2010 COM A PROFESSORA ROSELI RODELA

Um clique para a Professora Roseli Rodela e o Acadêmico Marcelo Bhárreti




Um clique para a Acadêmica Bruna e o Enigmático Samuel Rosalvo.


Olhem as caras deles!
PSICOPATAS!
(rsrsrsrsrsrs)









sexta-feira, 15 de outubro de 2010

RESENHA : A avaliação da profissão, segundo os psicólogos da área organizacional


Autoria:

Marcelo da Silva Barreto*

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ANDRADE, Jairo Eduardo Borges. A avaliação da profissão, segundo os psicólogos da área organizacional. Psicol. cienc. prof. v.10 n.1 Brasília 1990.

A o texto apresenta e discute dados da pesquisa que se objetivou em avaliar o exercício da profissão segundo os psicólogos organizacionais. Buscando caracterizar o perfil destes profissionais segundo os critérios de: formação, atuação e das condições de trabalho. Para isto foram utilizadas três dimensões: status profissional, dificuldades no exercício profissional e desejos de mudança A amostra compunha de 2447 psicólogos durante os anos de 1985 e 1986.

Quanto o Status Profissional observou-se que os psicólogos organizacionais consideram sua atividade profissional relevante à comunidade, entretanto consideram também sua remuneração inadequada à atividade. Observa-se que esta é uma consideração comum entre psicólogos de áreas diferentes.

Em relação às Dificuldades Profissionais os psicólogos relataram como sendo uma das maiores dificuldades encontradas referente à formação e a experiência, no que se refere à falta de uma vivência administrativa. Cita-se também sobre a dificuldade na relação deste profissional com outros que desconhecem a contribuição do psicólogo na organização. Verificado que a interferência de outros profissionais no trabalho do psicólogo é maior nas organizações do que em outros campos de atuação deste profissional. As dificuldades também permeiam as condições de trabalho, além das condições sociais, econômicas e culturais.

No que se refere aos Desejos de Mudanças à pesquisa buscou avaliar a satisfação na profissão. Assim os resultados encontrados contemplam o questionamento sobre os que gostariam de mudar de: área de atuação dentro da psicologia correspondendo a 12%; Trabalho (emprego), permanecendo na mesma área de atuação correspondendo a 23,9%; e Profissão correspondendo a 4,8%. Percebeu-se com os dados percentuais que os psicólogos organizacionais insatisfeitos com sua área correspondem a número maior do que outros profissionais de psicologia em demais áreas.

As razões para esta insatisfação foram agrupadas em cinco categorias de respostas, que são: a) Razão de mercado /ou oportunidade correspondendo a 11,2%; b) Interesse por outras profissões (medicina, biologia, fonoaudióloga, processamento de dados, ciências exatas). Correspondendo a 11,2%; c) Razões psicológicas pessoais (motivação, decepção, desilusão, frustração, realização, gratificação, vocação) correspondendo a 18%; d) correspondendo a 18%; d) Razões econômicas e de remuneração. Insatisfação com características sociais da profissão (valorização, burocracia, restrição, desgastes, competição, desprestígio, credibilidade, resultados imediatos, elitização, seriedade). Correspondendo a 18%. Outros razões correspondem a 5,6%.

De maneira geral, considerando os resultados concluiu que os psicólogos organizacionais avaliam sua profissão como sendo uma área que oferece mais recursos, melhor remuneração e estabilidade profissional que outras áreas. Apesar das dificuldades encontradas. O autor considera que as insatisfações encontradas não se justificam por estas dificuldades, mas pelas características sociais e principalmente pela “discrepância” entre formação acadêmica e mercado de trabalho. Onde a formação volta-se mais para a área clínica e atuação liberal enquanto que o mercado oferece emprego na área organizacional com remunerações consideráveis.


REFERÊNCIA

ANDRADE, Jairo Eduardo Borges. A avaliação da profissão, segundo os psicólogos da área organizacional. Psicol. cienc. prof. v.10 n.1 Brasília 1990. Disponível em: www.scielo.org. Acesso em: 10/10/2010.

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NOTA

* Marcelo da Silva Barreto é graduado em História pela Universidade Tiradentes e graduando em Psicologia (6º período) pela Faculdade Pio Décimo.